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Plot Summary

Prólogo: O Convite Fatal

Amizade, privilégio e decisão trágica

Alessandro narra sua relação de infância com Zak, filho de uma família rica, e como ambos, apesar das diferenças sociais e de personalidade, mantêm uma amizade sólida. O cenário é Cyrille's House, a casa de campo dos Vasconcellos, símbolo de status e isolamento. Pela primeira vez, o grupo de amigos vai à casa sem os pais, não para diversão, mas para um pacto sombrio: cometer suicídio juntos. O tom é de nostalgia, mas também de inquietação, pois Alessandro revela que sempre foi o "nerd" do grupo, enquanto Zak era o popular. O convite para a roleta-russa surge como uma resposta desesperada a dores pessoais, perdas e o vazio existencial que permeia a juventude de classe média alta. O prólogo já antecipa o clima de tragédia e mistério que dominará toda a narrativa.

Segredos e Máscaras

Dinâmicas de grupo e falsidade

O grupo de amigos se reúne para um trabalho de faculdade, mas logo as interações revelam rivalidades, paixões não correspondidas e jogos de poder. Zak, sempre carismático, manipula situações a seu favor, enquanto Alessandro observa tudo com olhar crítico e ressentido. Ritinha, alvo do desejo de Noel, se aproxima de Zak, alimentando ciúmes e frustrações. O ambiente é de competição velada, onde cada um esconde suas verdadeiras intenções e fragilidades. O episódio do strip-pôquer, com trapaças e humilhações, expõe a hipocrisia e a crueldade latente entre eles. O capítulo constrói a tensão psicológica que culminará na decisão coletiva de buscar a morte como fuga.

O Jogo Começa

Viagem, drogas e tensão crescente

O grupo parte para Cyrille's House em clima de festa, mas o excesso de álcool, drogas e a sensação de impunidade revelam o abismo moral em que estão mergulhados. Zak suborna policiais durante uma blitz, demonstrando o poder do dinheiro e a corrupção sistêmica. A viagem é marcada por conversas superficiais, mas também por silêncios carregados de angústia. Alessandro, sempre sóbrio, sente-se deslocado e observa o grupo se entregar ao hedonismo e à autodestruição. A chegada à casa marca o início do confinamento e da escalada de violência psicológica, com todos cientes de que estão prestes a cruzar um limite sem retorno.

O Peso do Passado

Luto, traumas familiares e desamparo

O capítulo mergulha nos dramas pessoais dos personagens, especialmente após a morte dos pais de Zak em um acidente suspeito. O luto é vivido de forma solitária e silenciosa, agravando o sentimento de orfandade e abandono. Alessandro, marcado por uma infância difícil e uma mãe doente, sente-se cada vez mais impotente diante do sofrimento alheio e do seu próprio. O passado de violência doméstica, doenças e relações familiares disfuncionais emerge como pano de fundo para a decisão de buscar a morte. O peso das expectativas, das perdas e das frustrações molda o comportamento autodestrutivo do grupo.

A Estrada para Cyrille's House

Corrupção, fuga e destino selado

A viagem até a casa de campo é marcada por um encontro com a polícia, onde Zak usa seu privilégio para subornar os oficiais e evitar problemas. O episódio revela a naturalização da corrupção e a sensação de impunidade dos jovens ricos. O grupo, carregando drogas e álcool, sente-se invencível, mas também cada vez mais alienado da realidade. A estrada simboliza a travessia para um espaço fora das regras sociais, onde tudo é permitido e a morte se torna uma possibilidade concreta. O clima de festa se mistura ao pressentimento de tragédia, preparando o terreno para o confinamento e o horror que virá.

O Porão e a Prisão

Confinamento, segredos e tensão

Ao chegarem à casa, os jovens exploram o porão, local proibido na infância e agora cenário do pacto suicida. O espaço, carregado de memórias e mistérios, torna-se uma prisão quando a chave é jogada fora, selando o destino de todos. O porão simboliza o inconsciente coletivo do grupo, onde segredos, traumas e desejos reprimidos vêm à tona. A tensão aumenta à medida que drogas e álcool circulam livremente, e as máscaras sociais começam a cair. O confinamento físico reflete o aprisionamento psicológico dos personagens, que se veem obrigados a confrontar seus próprios demônios.

Roleta-Russa: Primeiros Disparos

Morte, tortura e revelações

O jogo mortal começa, e logo a violência se instala. Otto, após expor segredos íntimos de Zak, é torturado e morto de forma brutal, inaugurando a sequência de mortes. O sadismo, a humilhação e a incapacidade de empatia se manifestam de maneira chocante. O grupo, atônito, oscila entre o horror e a apatia, incapaz de interromper a espiral de destruição. A roleta-russa, longe de ser apenas um jogo, revela-se um ritual de expiação coletiva, onde cada morte é carregada de simbolismo e culpa. O clima é de paranoia, com todos desconfiando uns dos outros e temendo ser o próximo.

Revelações e Conflitos

Segredos expostos e colapso moral

As mortes sucessivas e o confinamento forçado levam à revelação de segredos profundos: traições, sexualidade reprimida, gravidez, chantagens e ressentimentos antigos. Zak é confrontado sobre sua relação com Otto e sua possível homossexualidade, enquanto Alessandro lida com a culpa e o medo de ser vítima do próprio amigo. O dinheiro escondido no porão, descoberto por acaso, desencadeia uma disputa feroz entre sobrevivência e ganância. O grupo se fragmenta, e a confiança se dissolve, restando apenas o instinto de autopreservação. O ambiente se torna insuportável, e a violência atinge seu ápice.

O Amor e o Abismo

Paixão, rejeição e necrofilia

O capítulo explora o amor obsessivo de Noel por Ritinha, culminando em uma cena de necrofilia após a morte da jovem. O horror é intensificado pela passividade dos demais, que assistem à degradação sem intervir. O amor, aqui, é apresentado como força destrutiva, capaz de levar à loucura e ao crime. A cena é um retrato do esvaziamento moral e da perda total de limites do grupo. O abismo existencial se escancara, e a morte deixa de ser tabu para se tornar espetáculo. O capítulo é um dos mais perturbadores, expondo a falência dos laços afetivos e da humanidade dos personagens.

O Massacre dos Inocentes

Mortes em série e desespero

A roleta-russa avança, e os sobreviventes caem um a um: Danilo, Lucas, Maria João. Cada morte é marcada por violência, desespero e ausência de sentido. O dinheiro, antes visto como salvação, é destruído em um acesso de fúria por Zak, simbolizando a ruína total das esperanças. O grupo, reduzido a poucos, já não busca mais sentido ou redenção, apenas a sobrevivência imediata. O clima é de apocalipse íntimo, onde a morte se torna banal e a culpa, insuportável. O massacre dos inocentes é o ápice da tragédia, selando o destino de todos.

Dinheiro, Culpa e Sobrevivência

Ganância, acusações e ruína

A descoberta do dinheiro no porão desencadeia uma disputa feroz entre os sobreviventes, que veem na fortuna uma chance de recomeço. Mas a ganância rapidamente se transforma em paranoia, acusações mútuas e violência. Zak, tomado pela culpa e pelo desespero, destrói o dinheiro e assassina Maria João, que, antes de morrer, revela saber quem matou os pais de Zak. A revelação de que o acidente foi um assassinato, e não uma fatalidade, adiciona uma camada de mistério e horror à narrativa. O ciclo de violência se fecha, restando apenas Alessandro, Zak e Waléria.

O Assassinato dos Vasconcellos

Mistério, manipulação e reviravolta

O capítulo revela que o acidente dos pais de Zak foi, na verdade, um assassinato cuidadosamente planejado. A suspeita recai sobre vários personagens, especialmente Waléria, que é acusada por Zak de ter motivação e oportunidade para o crime. A tensão atinge o clímax quando Alessandro, dividido entre salvar Waléria e se proteger de Zak, hesita em agir. O jogo de manipulação, blefes e acusações revela a complexidade psicológica dos personagens e a impossibilidade de distinguir vítimas de algozes. O assassinato dos Vasconcellos é o ponto de convergência de todas as tramas, onde passado e presente se entrelaçam de forma trágica.

O Último Capítulo

Desfecho, confissão e o grande blefe

O capítulo final é narrado por Waléria, que, aterrorizada, registra os últimos momentos antes de ser morta por Zak. Alessandro, em um ato de coragem, tenta salvá-la, mas acaba sendo morto. O porão se transforma em um cenário de horror absoluto, com corpos mutilados, fogo e desespero. A revelação final, feita por meio de cartas entre Débora (mãe de Alessandro) e o próprio Alessandro (que sobreviveu sob nova identidade), expõe o grande blefe: tudo foi arquitetado por Alessandro, com a cumplicidade da mãe, para criar o livro perfeito e alcançar a fama póstuma. O ciclo de violência, manipulação e mentira se fecha de forma magistral, deixando o leitor atônito diante da capacidade humana de enganar, destruir e sobreviver.

O Grande Blefe

Mentira, sobrevivência e triunfo do narrador

A última reviravolta revela que Alessandro, sob o nome de Marcelo/Raphael Montes, sobreviveu e forjou sua própria morte, manipulando todos ao seu redor, inclusive o leitor. As cartas trocadas com a mãe detalham o plano, a sabotagem do carro dos Vasconcellos, a manipulação dos amigos, a troca de corpos e a destruição de provas. O livro, que deveria ser um testemunho de dor e redenção, é, na verdade, o ápice do narcisismo e da ambição literária. O grande blefe é a própria narrativa, que engana personagens, autoridades e leitores, questionando os limites entre verdade, ficção e moralidade.

Characters

Alessandro Parentoni de Carvalho

Narrador, manipulador e anti-herói

Alessandro é o protagonista e narrador da história, um jovem introspectivo, inteligente e ressentido, que sonha em ser escritor famoso. Sua amizade com Zak é marcada por admiração e inveja, e sua relação com os demais personagens oscila entre empatia e desprezo. Psicologicamente, Alessandro é movido por um profundo sentimento de inadequação e fracasso, que o leva a arquitetar o plano da roleta-russa como forma de alcançar reconhecimento póstumo. Ao final, revela-se o verdadeiro vilão, capaz de manipular, matar e enganar todos ao seu redor, inclusive o leitor. Sua evolução é de vítima a algoz, de observador passivo a agente do caos, encarnando o niilismo e a amoralidade contemporânea.

Zak Vasconcellos

Líder carismático, vítima e algoz

Zak é o típico jovem rico, bonito e popular, mas emocionalmente frágil e incapaz de lidar com perdas e frustrações. Sua relação com Alessandro é ambígua, marcada por dependência, competição e segredos. Após a morte dos pais, Zak mergulha em um processo de autodestruição, tornando-se o catalisador da roleta-russa. Psicologicamente, é um personagem complexo, dividido entre o desejo de controle e a incapacidade de enfrentar a própria dor. Sua violência, sadismo e colapso moral são sintomas de uma personalidade em ruína, que oscila entre vítima e algoz, até ser reduzido a um estado vegetativo, símbolo da punição máxima.

Waléria

Bode expiatório, sobrevivente e vítima

Waléria é uma jovem de origem humilde, alvo de preconceito e humilhação por parte do grupo. Sua gravidez, real ou inventada, a coloca no centro de disputas e acusações. Psicologicamente, é marcada pela carência afetiva, desejo de aceitação e impulsividade. Sua relação com Zak é de amor e ódio, e com Alessandro, de desconfiança e ressentimento. No porão, torna-se o bode expiatório, acusada de assassinato e forçada a lutar pela própria vida. Sua morte, narrada em primeira pessoa, é o ápice da injustiça e da impotência diante da violência masculina e do colapso moral do grupo.

Maria João

Ambição, racionalidade e chantagem

Maria João é a irmã de Lucas, uma jovem forte, ambiciosa e racional, que inicialmente tenta proteger o irmão das tendências suicidas. Sua entrada na roleta-russa é motivada por chantagem e promessa de dinheiro, revelando sua capacidade de negociar e manipular situações. Psicologicamente, é marcada pela frieza, pragmatismo e desejo de ascensão social. Sua morte, após a destruição do dinheiro, é carregada de ironia e ressentimento, e sua revelação sobre o assassinato dos Vasconcellos adiciona uma camada de mistério e ambiguidade à trama.

Lucas

Depressão, autodestruição e lealdade

Lucas é o irmão de Maria João, um jovem depressivo, autodestrutivo e marginalizado, que já tentou o suicídio diversas vezes. Sua relação com a irmã é de dependência e proteção mútua. Psicologicamente, é marcado pela instabilidade emocional, baixa autoestima e busca de sentido. Sua participação na roleta-russa é ao mesmo tempo um ato de desafio e de rendição ao próprio destino. Sua morte é uma das mais impactantes, simbolizando a falência dos laços familiares e a impossibilidade de redenção.

Ritinha

Desejo, rejeição e tragédia

Ritinha é uma jovem bonita, desejada por Noel e envolvida com Zak. Sua personalidade é marcada pela sensualidade, independência e certa superficialidade. Psicologicamente, é movida pelo desejo de ser amada e reconhecida, mas também pela incapacidade de se comprometer afetivamente. Sua morte, seguida de uma cena de necrofilia, é o retrato da degradação moral do grupo e da objetificação feminina. A revelação de sua gravidez adiciona uma dimensão trágica à sua trajetória.

Noel

Obssessão, rejeição e autodestruição

Noel é o típico "perdedor" do grupo, apaixonado por Ritinha e incapaz de lidar com a rejeição. Psicologicamente, é marcado pela baixa autoestima, dependência emocional e tendência à idealização do amor. Sua participação na roleta-russa é motivada pelo desejo de provar seu valor e conquistar Ritinha, mas termina em tragédia e humilhação. Sua morte, durante um ato de necrofilia, é o ápice do desespero e da perda de sentido.

Otto

Segredo, desejo e vítima

Otto é um personagem marginal, marcado por sua relação secreta com Zak e por ser alvo de desprezo e violência. Psicologicamente, é movido pelo desejo de aceitação e amor, mas também pela incapacidade de se impor. Sua morte, após expor segredos íntimos, é um retrato da intolerância, do sadismo e da homofobia latente no grupo. Otto é o primeiro a ser sacrificado, inaugurando a espiral de violência.

Danilo

Inocência, deficiência e sacrifício

Danilo é um jovem com síndrome de Down, amigo do grupo e especialmente próximo de Zak. Sua participação na roleta-russa é resultado da manipulação e da incapacidade de compreender plenamente o que está acontecendo. Psicologicamente, representa a inocência sacrificada, a vítima absoluta da crueldade e da indiferença dos demais. Sua morte é um dos momentos mais dolorosos e revoltantes da narrativa.

Débora (mãe de Alessandro)

Cúmplice, sobrevivente e narradora oculta

Débora é a mãe de Alessandro, cúmplice no assassinato dos Vasconcellos e na forja da morte do filho. Psicologicamente, é marcada pela ambivalência entre o amor materno e a culpa, entre a necessidade de proteger o filho e o peso dos crimes cometidos. Sua correspondência com Alessandro revela a dimensão familiar do horror, a transmissão transgeracional da violência e a capacidade de mentir e sobreviver a qualquer custo.

Plot Devices

Estrutura polifônica e metanarrativa

Narrativas cruzadas, diários e gravações

O romance utiliza uma estrutura polifônica, alternando entre o diário de Alessandro, gravações de reuniões policiais, cartas e depoimentos. Essa multiplicidade de vozes cria uma atmosfera de incerteza, ambiguidade e desconfiança, onde a verdade é sempre relativa e fragmentada. O uso de diários e gravações permite ao leitor acessar diferentes perspectivas, mas também o coloca na posição de cúmplice e voyeur. A metanarrativa, com Alessandro escrevendo o próprio livro dentro do livro, questiona os limites entre realidade e ficção, autor e personagem, vítima e algoz.

Roleta-russa como metáfora existencial

Jogo mortal, destino e livre-arbítrio

A roleta-russa é o principal dispositivo simbólico do romance, funcionando como metáfora para a condição humana, o acaso, o desejo de controle e a ilusão de livre-arbítrio. O jogo, inicialmente apresentado como pacto de morte, revela-se um ritual de expiação, onde cada personagem é confrontado com seus próprios limites, culpas e desejos. A roleta-russa expõe a fragilidade das relações, a violência latente e a impossibilidade de redenção em um mundo sem sentido.

Blefe, manipulação e reviravolta final

Mentira, engano e quebra de expectativas

O romance é construído como um grande blefe, onde o narrador manipula personagens e leitores, conduzindo-os a acreditar em uma versão dos fatos que será desmontada no final. A reviravolta, com Alessandro sobrevivendo e assumindo nova identidade, subverte todas as expectativas e questiona a própria natureza da verdade narrativa. O blefe é o motor da trama, mas também o tema central: todos mentem, todos manipulam, todos são, em algum grau, cúmplices do horror.

Analysis

Um retrato sombrio da juventude e da sociedade brasileira

"Suicidas" é uma obra que transcende o thriller psicológico para se tornar uma poderosa alegoria sobre o vazio existencial, a falência dos laços afetivos e a corrupção moral de uma geração. Raphael Montes constrói um microcosmo onde privilégios, traumas, violência e desejo de reconhecimento se entrelaçam em uma espiral de autodestruição. O romance denuncia a superficialidade das relações, a hipocrisia das famílias, a naturalização da violência e a busca desesperada por sentido em um mundo sem valores sólidos. A estrutura fragmentada, os múltiplos pontos de vista e a reviravolta final desafiam o leitor a questionar suas próprias certezas e a reconhecer sua cumplicidade diante do espetáculo da tragédia. "Suicidas" é, acima de tudo, um livro sobre o poder da narrativa: de como contar (e manipular) histórias pode ser tão letal quanto uma arma carregada.

Última atualização:

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Avaliações

4.06 de 5
Média de 8.5K avaliações do Goodreads e da Amazon.

Suicidas receives mixed reviews, with an overall rating of 4.06 out of 5. Readers praise its gripping plot, shocking twists, and exploration of human nature's dark side. Many find it unputdownable, with a clever ending. However, some criticize its graphic violence, stereotypical characters, and artificial dialogues. The book's treatment of sensitive topics and minorities is controversial. While some consider it a masterpiece of Brazilian thriller literature, others find it offensive and poorly executed. The author's writing style and ability to maintain suspense are generally appreciated.

Your rating:
4.43
21 avaliações

Sobre o autor

Raphael Montes is a Brazilian lawyer and writer born in 1990 in Rio de Janeiro. He gained recognition at 20 with his debut novel, Roulette, which was a finalist for several prestigious literary prizes. His second novel, Perfect Days, achieved international success with translation rights sold to 13 territories. Montes' short stories have been published in mystery anthologies and magazines. His work is known for its gripping plots, dark themes, and ability to shock readers. Despite his young age, Montes has established himself as a prominent figure in contemporary Brazilian thriller literature.

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